A diretora dos Serviços de Turismo de Macau defendeu hoje 09 de Abril a oferta de mais atrações e locais de interesse para distribuir os turistas e aliviar a pressão sentida em algumas zonas do território.
"O nosso problema em capacidade de acolhimento é
que o turismo não é distribuído. (...) Temos de providenciar mais
possibilidades, mais atrações", afirmou Helena de Senna Fernandes, em
declarações aos jornalistas.
Conforme indica a Agência Lusa onde o jornal
Mundo ao Minuto teve acesso, Macau possuí, um território com pouco mais de 35
quilómetros quadrados, recebeu em 2018 mais de 35 milhões de turistas, um
número que já não está longe do 'teto máximo' de 40 milhões de turistas por
ano, segundo o Instituto de Formação Turística (IFT).
Para a directora dos Serviços de
Turismo, "há muitas áreas que estão a sentir esta pressão", pelo que
a estratégia passa por "distribuir os turistas por diferentes
espaços".
A capacidade diária de acolhimento é de
11.000 turistas, mas "há dias em que entram menos pessoas e outros
períodos em que entram muito mais", referindo-se, por exemplo, à semana do
Ano Novo Chinês, período em que Macau recebeu este ano mais de 1,2 milhões de
pessoas.
Questionada sobre outras formas de
limitar o número de visitantes, Senna Fernandes salientou ainda que, o
território "não é um parque temático", por isso há que pensar em
"diferentes maneiras" de combater o problema.
A directora dos Serviços de Turismo defendeu
que, a aplicação de uma taxa turística, que está a ser estudada pelo Governo,
não é a solução para limitar o número de entradas, dos turistas
Em entrevista à agência Lusa, em finais
de março, Senna Fernandes avançou que o Governo está a realizar "um estudo
de comparação em termos das taxas que estão a ser impostas, por exemplo, por
Veneza, (...) e pelo Japão". Desta feita apontou que, os resultados deste estudo
deverão ser divulgados ainda no primeiro semestre, do ano.
"Queremos apresentar os resultados
o quanto antes. Não queremos deixar o assunto marinar muito tempo", disse
a responsável, sublinhando que a decisão final não cabe aos Serviços de
Turismo.
O turismo da região cresceu 211% entre
1999 e 2018, passando de 11,5 para 35,8 milhões de pessoas, segundo as
autoridades. Os chineses constituem a esmagadora maioria dos 35 milhões de
turistas que visitaram Macau em 2018.
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