O líder do Partido dos Trabalhadores (PT) na Câmara dos Deputados
brasileira, Paulo Pimenta, afirmou hoje, em entrevista à agência Lusa, que o
Presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, está a perder força política e terá
dificuldades em governar.
Para Paulo Pimenta à proposta económica
apresentada pelo executivo de Jair Bolsonaro para a reforma do sistema de
pagamento de pensões, salientou que o chefe de Estado não foi coerente em
relação às posições adotadas no passado sobre o assunto.
Para além das acusações feitas o líder do
partido anunciou que, cada vez que ele (Bolsonaro) fala, acaba por perder
prestígio. Bolsonaro tem uma trajetória como parlamentar, visto que na câmara
dos deputados, onde se manifestou em 67 oportunidades contra a reforma da
previdência. Entretanto, ele faz uma proposta contra tudo aquilo que defendia.
Isso faz com que ele perca força política e terá assim muita dificuldade em
governar e em aprovar os seus projetos dentro da câmara", declarou o deputado
Paulo Pimenta.
O deputado federal mais votado da PT
na Câmara, defende que a proposta para a reforma do sistema de pagamento de
pensões do novo Governo tem um "conceito equivocado" pois é muito
"generosa com os poderosos" e "cruel para as pessoas mais
humildes" afirmou Paulo Pimenta na sua declaração a Lusa.
O PT afirmou ter uma proposta totalmente
contrário que vem responder as demandas dos mais humildes, para os idosos,
deficientes, trabalhadores de menor poder aquisitivo, aposentados e
pensionistas. Por outro lado, alegou ser uma proposta muito generosa com os
poderosos. “Os setores abastados não são afetados por essa reforma, porque
vamos trabalhar para derrotá-la no Congresso nacional", frisou o partido
dos trabalhadores.
O primeiro ponto destacado na
proposta de Bolsonaro, apresentada no final de janeiro, foi a criação de uma
idade mínima de 62 anos para mulheres e 65 anos para homens terem acesso a
pensões de reforma, desde que tenham contribuído durante 20 anos para o sistema
de segurança social.
De acordo com a entrevista feita à Agência Lusa, se o
projeto for aprovado, será preciso atingir a idade mínima para pedir a pensão
de reforma e haverá a extinção da possibilidade de receber pensões por tempo de
contribuição.
Os princípios gerais preveem uma
regra de capitalização em que as pessoas recebem de acordo com o que
contribuíram durante a vida, mas terão a garantia de um salário mínimo na
pensão por reforma se não atingirem este valor ao longo dos anos.
Pimenta acredita que, se o PT tivesse
ganho as eleições presidenciais de outubro, a proposta de pagamento de pensões
apresentada seria totalmente diferente, tendo como principal intuito
"combater os privilégios".
Ainda nas suas declarações a Agência
Lusa assegurou que, se o PT tivesse ganho as eleições presidenciais de outubro, a
proposta de pagamento de pensões apresentada seria totalmente diferente, tendo
como principal intuito "combater os privilégios".
O partido de Trabalhadores revelou que precisam
de fazer um ajuste iniciando por aqueles que ganham mais. Pronunciou regulamentar
um artigo da Constituição que estabelece um teto salarial, porque hoje, pela
Constituição é de 39 mil reais (cerca de 10 mil euros), mas no Brasil
funcionários públicos que ganham 200 a 300 mil reais (entre 45 a 70 mil euros),
ou auferem grandes pensões.
Durante as suas declarações à Lusa o
partido diz que sabem como governar sem fazer a crueldade que o Bolsonaro está
a fazer com os pobres.
No Brasil é possível receber pensões
por reforma comprovando o tempo de contribuição de 30 anos para mulheres e de
35 anos para homens. Para além disso há pensões pagas por idade, 60 anos para
mulheres e 65 anos para homens, que tenham comprovado no mínimo 15 anos de
contribuições.
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