O
parceiro estratégico de Cabo Verde Airlines (Loftleidir Cabo Verde) comprou os
51% de acções da TACV por 1,3 milhões de euros, informou, hoje, o Governo,
ajuntando, que será injetado mais 6 milhões de dólares para a capitalização da
empresa.
A
informação foi avançada pelo Governo através da sua página no facebook,
adiantando que no âmbito do contrato assinado, o parceiro estratégico não
poderá alienar a suas acções durante um período de 5 anos tendo para tal de ter
autorização do Governo.
O
objetivo desta parceria é aumentar de forma significativa o contributo da
atividade dos transportes aéreos, para o crescimento económico do país, num
setor de elevada competitividade, complexidade de gestão e exigente em termos
tecnológicos.
Com
esta operação, o Governo avançou que, Cabo Verde Airlines passa a representar
um “importante” instrumento de alavancagem do sector dos transportes
contribuindo consequentemente para o desenvolvimento económico do país.
Esta
parceria permite que o acionista Estado vai continuar o seu desinvestimento na
empresa, realizando brevemente a sua alienação de 10% do seu capital social aos
trabalhadores e emigrantes, mantendo-se com 39% das ações da companhia que
serão alienadas ainda em 2019 a investidores nacionais e internacionais.
O Governo adianta ainda que, “com a combinação
da venda dos 51% do capital social e essas medidas que são salvaguardadas ao
interesse nacional, isto é assegurou também transformar empresa tecnicamente
falida, numa empresa que vai levar Cabo Verde ao mundo e apoiar a aceleração do
crescimento económico do país, criando assim riqueza e novos postos de
trabalho”.
O
comunicado do Governo através da sua página, acredita na eventual renovação da
imagem da marca da TACV, que serão mantidas as referências a Cabo Verde, por
forma a garantir que a companhia mantenha a sua ligação com o arquipélago à
semelhança do que acontecem em muitas paragens, como os casos da Singapore
Airlines, American Airlines, Ethiopian Airlines entre outros estacionamentos.
O
comunicado destaca também que, os acordos firmados prevêem ainda a
possibilidade de voos ponto a ponto Praia/Lisboa, Praia/Boston e São
Vicente/Lisboa, desde que sejam rentáveis, acrescentando que, por outro lado o
Governo e o parceiro estratégico acordaram no sentido de trabalharem para o
aumento de oportunidades de emprego e de desenvolvimento de competências na
área dos transportes aéreos.
Sendo
assim, o Governo lembrou que a TACV, até à sua reestruturação e o seu
saneamento financeiro, estava tecnicamente falida e continuava a operar porque
o Estado de Cabo Verde cobria os seus deficits financeiros, que chagaram a
superar os 30 milhões de euros anuais, um valor que sustentou, era
insustentável para a economia nacional.
O
documento realça que, o executivo decidiu reestruturar a empresa TACV, mantendo
os postos de trabalhos e criando novas oportunidades de negócios e de empregos,
visando aumentar de forma significativa o contributo da actividade de
transportes aéreos para o crescimento económico do país.
Para
o processo de reestruturação, foi dada especial atenção às dívidas de empresa,
que já tinham ultrapassado os 100.000.000 de euros tendo sido iniciado um
trabalho de renegociação com os credores e fornecedores da empresa.
Ainda
a página explica que, “o
valor patrimonial da empresa foi estabelecido no montante de 9,2 milhões de
euros sendo que 5,48 milhões de euros representavam os ativos imobiliários. O
valor patrimonial excluindo os imóveis totaliza assim os 3,7 milhões de euros”,
destacando, que no âmbito das negociações feitas, foi possível excluir todos os
ativos imobiliários dessa transação.
Nesta sequência, Jens Bjarnason foi nomeado
como novo Chief Executive Officer (CEO) do Cabo Verde Airlines, companhia de
bandeira de Cabo Verde.
A
Loftleidir Icelandic, empresa subsidiária do grupo Icelandair, detém 70% das
acções na Loftleidir Cabo Verde, enquanto que os restantes investidores 30% por
empresários islandeses com experiência no sector da aviação.
A
empresa tem vindo a trabalhar em regime de consultadoria com o Cabo Verde
Airlines, desde 2017 na restruturação da companhia e a desenvolver uma
estratégia para o futuro da empresa.
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