segunda-feira, 11 de março de 2019

Cancro Digestivo está a alastrar a sociedade Cabo Verdiana


 A coordenadora do Programa Nacional da Prevenção e Controlo do Cancro, Carla Barbosa, afirmou hoje em declaração a Inforpress, que os cancros digestivos são os que mais matam em Cabo Verde e alertou as pessoas a fazerem consultas periódicas, de modo a promover mais saúde a população.
 Para além dos cancros digestivos, a responsável apontou ainda que, estão na lista dos que causam mais mortes o cancro de próstata, seguindo o da mama e, por último, do colo do útero na mulher.
Carla Barbosa assegurou ainda que, anualmente, são detetados vários casos de cancro, sendo que mais de metade deles em estágios 3, ou 4, portanto, em estado avançado, o que significa que o cuidado paliativo tem uma grande importância. A médica anatomopatologista destacou que, de acordo com os dados estatísticos referentes a 2017, o número de mortalidade causado pelo cancro atingiu 324 óbitos
.
 De acordo com as informações avançadas pela Agência Inforpress, a coordenadora do Programa Nacional da Prevenção e Controlo do Cancro, observou que esta doença mata muitas vezes pessoas com uma idade ainda jovem que têm muito para dar, tem filhos, tem uma família que, além de enfrentar o problema do cancro, poderão enfrentar outros problemas de desestruturação familiar porque em geral quando temos uma pessoa com um cancro a família toda também está doente.
Conforme adianta Carla Barbosa, toda formação e informação sobre esta doença é fundamental visto que existe um grande estigma na população em geral sobre o cancro. Sublinhou que, a primeira atitude num diagnóstico de cancro, geralmente, é pensar em morte, mas nem sempre o paciente morre porque depende muito do estado da doença.
 A especialista alerta para a necessidade de as pessoas terem sempre uma atitude preventiva em relação ao cancro desde o estilo de vida, da alimentação, dos hábitos, da prática de exercício físico e ainda consultar o médico de forma regular, não apenas quando se está doente.
A consulta periódica não é uma cultura das pessoas em Cabo Verde mas, a responsável frisou que é preciso começar a cultivar este hábito desde pequeno, nas escolas de modo a começarem a terem uma atitude de promoção da saúde, alertou afirmando que existem exames de rastreio que podem minimizar o aparecimento desta doença. Para além disso explicou que é preciso que as pessoas tenham em mente que o cancro infantil apesar de ser mais raro também existe.


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