A
coordenadora do Programa Nacional da Prevenção e Controlo do Cancro, Carla
Barbosa, afirmou hoje em declaração a Inforpress, que os cancros digestivos são
os que mais matam em Cabo Verde e alertou as pessoas a fazerem consultas
periódicas, de modo a promover mais saúde a população.
Para
além dos cancros digestivos, a responsável apontou ainda que, estão na lista
dos que causam mais mortes o cancro de próstata, seguindo o da mama e, por
último, do colo do útero na mulher.
Carla
Barbosa assegurou ainda que, anualmente, são detetados vários casos de cancro,
sendo que mais de metade deles em estágios 3, ou 4, portanto, em estado avançado,
o que significa que o cuidado paliativo tem uma grande importância. A médica
anatomopatologista destacou que, de acordo com os dados estatísticos referentes
a 2017, o número de mortalidade causado pelo cancro atingiu 324 óbitos
.
De acordo com as informações avançadas pela
Agência Inforpress, a coordenadora do Programa Nacional da Prevenção e Controlo
do Cancro, observou que esta doença mata muitas vezes pessoas com uma idade
ainda jovem que têm muito para dar, tem filhos, tem uma família que, além de
enfrentar o problema do cancro, poderão enfrentar outros problemas de
desestruturação familiar porque em geral quando temos uma pessoa com um cancro
a família toda também está doente.
Conforme
adianta Carla Barbosa, toda formação e informação sobre esta doença é
fundamental visto que existe um grande estigma na população em geral sobre o
cancro. Sublinhou que, a primeira atitude num diagnóstico de cancro,
geralmente, é pensar em morte, mas nem sempre o paciente morre porque depende
muito do estado da doença.
A especialista alerta para a necessidade de as
pessoas terem sempre uma atitude preventiva em relação ao cancro desde o estilo
de vida, da alimentação, dos hábitos, da prática de exercício físico e ainda
consultar o médico de forma regular, não apenas quando se está doente.
A
consulta periódica não é uma cultura das pessoas em Cabo Verde mas, a
responsável frisou que é preciso começar a cultivar este hábito desde pequeno, nas
escolas de modo a começarem a terem uma atitude de promoção da saúde, alertou
afirmando que existem exames de rastreio que podem minimizar o aparecimento desta
doença. Para além disso explicou que é preciso que as pessoas tenham em mente
que o cancro infantil apesar de ser mais raro também existe.
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