O ministro dos Transportes destacou ontem no Parlamento que
o Governo conseguiu, em menos de três anos, privatizar a TACV, algo que não foi
alcançado pelo PAICV, mas a oposição pediu o estudo da avaliação para a venda
da companhia. Para além disso acusou o Governo de violar a lei ao não publicar informações
do processo privatização da TACV antes do fecho do contrato pautando pela
ilegalidade e intransparência.
De acordo com a página da Inforpress, José da
Silva Gonçalves falava na abertura do debate parlamentar sobre os transportes e
a conectividade do país, proposto pelo PAICV e pela UCID, ambos partidos da
oposição.
Segundo
o ministro a reestruturação da TACV durou três décadas, de 1991 quando foi
feito o primeiro estudo de reestruturação até 2019, mas não alcançou resultados
palpáveis. Isto até a tomada de posse deste novo Governo que implementou a
reestruturação.
Gonçalves
acrescentou ainda que, foi um dossiê de tamanha complexidade que foi levado a
cabo com total transparência e no estrito cumprimento das leis do país. Foi um
processo que passou por 17 grandes etapas, sentenciou José da Silva Gonçalves
lembrando que a outra alternativa seria a liquidação, mas tal nunca foi opção
do Governo que “sempre quis ressuscitar e recuperar” a empresa para e “resolver
o problema dos transportes aéreos”.
Nas
suas declarações, o ministro adiantou que com a privatização da TACV criou-se
também um novo negócio de hub aéreo no Sal para ligar Cabo Verde aos quatro
continentes com vista a transportar milhões de passageiros e com forte reflexo
na área turística e com a perspectiva de criar milhares de postos de trabalhos
bem remunerados para o povo.
Janira
Hopffer Almada afirmou que até hoje os cabo-verdianos não sabem quanto é que
custou o contrato de gestão dos TACV e quanto custou a sua reestruturação. O presidente
do maior partido da oposição apontou os custos da mudança das operações para o
Sal, os custos do aluguer de aviões quando o país ficou sem aviões e as
indemnizações que tiveram que pagar.
Conforme
adianta a Inforpress, o grupo do partido tambarina exige ao Governo
esclarecimentos porque pronunciou que, depois de ter vendido a TACV a preço
desbarato o Governo não consegue dizer ao país que avaliação foi feita uma vez
que esta imposta pela lei. A bancada pede ainda explicações de quem fez a
avaliação dos TACV, de como foi feita e onde está o estudo de avaliação. Acrescentou
questionando ainda por que razão a cota de mercado dos TACV nas linhas domésticas
que corresponde a 30 por cento do capital social da Binter Cabo Verde não
entrou na avaliação feita dos 143 mil contos do preço da venda da TACV.
Ainda
no mesmo instante o deputado do maior partido da oposição Nuias Silva, acusa o Governo de violar a lei e frisou “o senhor vem
aqui e exibe a bazofaria de que não tem medo. Mas nós sabemos que é porque o
senhor e o seu Governo tem medo é que não disponibiliza as contas para que
todos os cabo-verdianos possam conhecerem.
A Agência Inforpress relata que a bancada do PAICV criticou
a ilegalidade e a intransparência que estão a conduzir esse processo e não
prestação de contas uma vez que consideram que quando não há perseguição do
interesse é porque se persegue outros interesses que não é da população.
Tendo
essas suspeições a Inforpress destaca que, o ministro do
Turismo e Transportes, José da Silva Gonçalves, classificou de “graves” as
declarações do deputado do PAICV e instou-o a procurar as instâncias próprias.
Explicou que o decreto-lei de privatização, aprovado em Conselho de Ministros,
foi seguindo e submetido à promulgação do Presidente da Republica.
O
governante assegurou que não tem medo de apresentar números, garantindo que
estes serão apresentados em momento certo pelo vice-primeiro-ministro e
ministro das Finanças que também tem a tutela financeira de todas as empresas
do Estado.
Fonte Inforpress,
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