quarta-feira, 20 de março de 2019

Saúde e educação continuam a ser a vulnerabilidade para as pessoas com Síndrome de Down


Os sectores da saúde e da educação continuam a ser o “calcanhar de Aquiles” para as pessoas com Síndrome de Down no país, disse hoje em declarações à Inforpress a presidente da Associação das Pessoas com Síndrome de Down, Carla Varela.
Carla Varela, que falava à Inforpress no âmbito do Dia Internacional do Síndrome de Down, assinalado quinta-feira, 21, disse que as pessoas com deste tipo de patologia continuam a sofrer com “o mau atendimento nos hospitais” e com “a exclusão no estabelecimento escolar” mesmo estando incluso.
A presidente da Associação das Pessoas com Síndrome de Down adianta ainda que, não bastasse todo o mito e preconceitos que garças às desinformações rodeiam essa camada populacional. Afirmou que os próprios serviços de estímulo como a educação e saúde continuam a dificultar ao seu direito à saúde e à educação. 
Conforme Carla Varela, as crianças e adolescentes com Síndrome de Down são pessoas que sofrem de alguns tipos de doenças característicos, como boqueira, dores de ouvido, anemia, obesidade e de pele, mas que quando encaminhados para o hospital, mas concretamente aos especialistas, os parentes deparam muita dificuldade.

As dificuldades, segundo apontou, Carla Varela tem a ver com o pagamento da taxa no sector de saúde quando a lei isenta as pessoas portadoras de deficiência de pagaram qualquer tipo de taxa, assim com o tempo de espera já que se trata de crianças impacientes que não gostam de estarem paradas no mesmo sítio por muito tempo.
No sector da educação, Carla Varela considerar que a integração é plena no pré-escolar, já no ensino básico admite que a situação é diferente, pois, as crianças com Síndrome de Down sofrem muito preconceito e bowling de colegas.
De acordo com as declarações feitas por presidente á Agência Inforpress declarou que, “Eu até conheço um caso numa escola onde uma criança com Síndrome de Down é deixada durante as aulas com o guarda, com esta atitude ela é excluída do sistema de ensino/aprendizagem. Para esta criança a inclusão plena não está sendo efectivada”.
Desta feita, embora achando que a vocação para ensino depende de professores e escolas, reconheceu também que a maior parte dos professores estão sensibilizados e formados para trabalhar com este tipo de crianças.
Neste mais um dia dedicado as pessoas com Síndrome de Down, também conhecida como trissomia, Carla Varela, apela a todos a não verem a população que vive com esta síndrome como um doente, porque não se trata de uma doença, embora apresente deficiências intelectuais e de aprendizado.
A presidente da Associação das Pessoas com Síndrome de Down enfatizou que, as Pessoas com Síndrome de Down têm personalidade única, estabelecem boa comunicação e que também são sensíveis e muito amorosas.
Para assinalar a data a Associação das Pessoas com Síndrome de Down vai realizar no dia 21, uma marcha de sensibilização no bairro Craveiro Lopes, seguindo-se para o polidesportivo da comunidade onde se irá desenvolver actividades de cariz social, cultural e desportiva.
Os motivos para a ocorrência da Síndrome de Down ainda são desconhecidos, mas o que se sabe é que começa na gestação, quando as células do embrião são formadas com 47 cromossomos, sendo que o normal seria 46 cromossomos.
O dia 21 de Março marca, anualmente, o Dia Internacional da Síndrome de Down e tem como propósito conscientizar as pessoas sobre a importância da luta pelos direitos igualitários, o seu bem-estar e a inclusão das pessoas com Down na sociedade.
A intenção é proporcionar um novo olhar sobre a vida humana e favorecer uma reflexão sobre o poder que cada um detém sobre a vida dos outros, especialmente nas fases em que estes são mais débeis, como as do início e fim da vida.

Fonte: Inforpress

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